Palestina apresentou em Haia <br> queixa contra crimes sionistas
Um dossier de 52 páginas foi entregue dia 30 de Outubro no Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia na Holanda, documentando a barbárie sionista contra a população palestiniana. O acervo acresce ao processo aberto recentemente pelo TPI sobre crimes cometidos por Israel nos território ocupados da Palestina, detalhando «execuções sumárias, punições seletivas, demolição de casas e assassinatos racistas», revelou à agência EFE um porta-voz da Organização para a a Libertação da Palestina (OLP).
Só durante a actual vaga de violência, 54 palestinianos foram mortos e cerca de cem resultaram feridos na sequência da repressão dos levantamentos populares pelas forças ocupantes na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Na sexta-feira, 30, um bebé palestiniano morreu asfixiado por gás lacrimogéneo durante um enfrentamento entre palestinianos e militares israelitas ocorrido nos arredores da casa onde se encontrava, em Belém. Um dia antes, as forças sionistas assaltaram pela terceira vez consecutiva um hospital em Jerusalém Leste e usaram balas de borracha e gás lacrimogéneo para abrir caminho em busca de palestinianos que ali se refugiam da violência ou procuram assistência médica.
Reagindo à apresentação da documentação junto do TPI por parte das autoridades palestinianas, o parlamento de Israel aprovou, anteontem, uma lei que impõe uma pena mínima de três anos de prisão efectiva para quem atire pedras. A norma proposta pelo primeiro ministro Benjamin Netanyahu impede os juízes de aplicarem pena suspensa.